Todos estão repetindo por ai como 2016 foi um ano difícil, mesmo muitas vezes sem tentar compreender de fato o que está acontecendo. Sim, estamos todos (ou a maioria) com a sensação de um atropelamento coletivo. Foram acontecimentos atrás de acontecimentos. Foram muitas decepções, algumas frustrações, um ano de muito trabalho com pouca clareza das mudanças. O ano está quase chegando ao fim. E agora?
Com o final do ano, encerra-se um ciclo de aprendizados e invariavelmente nos enchemos de esperança para o novo que está por vir. Os ciclos estão o tempo todo nos oferecendo oportunidades para recomeçar. Com o final de 2016, queremos ainda mais nos libertar de todas essas angústias.
O primeiro passo é analisar o que passou. O que aprendemos com as dificuldades que enfrentamos individualmente e coletivamente? Reserve um tempo para pensar sobre isso com calma e seriedade, se permita fazer as perguntas certas e aceite as respostas. Anote tudo em uma folha de papel. De um lado a dificuldade, do outro o aprendizado. Esses acontecimentos te fizeram mais fortes? Depois de passar pelo que você passou, será mais fácil enfrentar novos obstáculos?
Esse ano falamos muito em crise e a ela atribuímos a culpa de tudo que nos aconteceu de ruim. Ao governo corrupto, às outras pessoas, ao mundo injusto. Nesse processo há uma notícia boa e outra ruim. A boa: nós somos responsáveis por tudo que nos acontece. A ruim: nós somos responsáveis por tudo que nos acontece. Em primeiro lugar, devemos parar de falar em culpa e mudar para responsabilidade. A culpa só nos atrapalha. A responsabilidade nos dá a possibilidade de mudar. Compreender isso é por um lado doloroso, mas quando vamos a fundo, pode se extremamente libertador, já que se nós somos responsáveis podemos também permitir a chegada do novo.
O entendimento disso passa por um autoconhecimento profundo e então somos capazes de não mais nos deixar ser levados pelas mares e passamos a conduzir nosso próprio barco. Conduzir a nossa vida e criá-la da forma que acreditamos ser melhor para nós é um desafio. Para isso, é preciso aceitação, libertação e ação.
Aceitação:
Tudo que aconteceu, já passou e nos trouxe até aqui. Se não aceitamos mesmo os piores acontecimentos, não aceitamos quem somos hoje. Como viver em paz sem aceitar quem eu sou? Agradecer por tudo, com sinceridade e de coração aberto, é uma ótima forma de aceitar.
Libertação:
Já aceitamos, mas ainda estamos presos nas nossas memórias . Ainda sofremos ou reproduzimos comportamentos referentes ao que nos fez sofrer. É hora de libertar essas memórias. Se as feridas forem muito profundas, algumas ferramentas serão úteis, busque aquela que mais se adéqua a sua visão de mundo.
Ação:
É hora de agir. As suas atitudes precisam estar alinhadas com o novo que você busca. Não adianta só falar, é preciso fazer. O que precisa ser feito diferente? Se quiser, faça uma lista. Escreva no presente. Ex: Em 2017 eu faço exercício físico com regularidade. A lista é só para te ajudar a compreender suas demandas. O importante mesmo é criar essa nova realidade. Para facilitar, você pode dividir por áreas. Ex: trabalho, família, amigos, saúde, espiritualidade. Veja quais são os próximos passos que você precisa dar rumo ao que deseja, pense em metas viáveis cujas ferramentas você tenha disponível.
O universo responderá ao seu chamado a medida que você esteja disponível e alinhado com ele. Isso significa começar por você, compreendendo e agradecendo por ser parte de um todo e também ter o todo dentro de si.
Feliz 2017!
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